O JURUÁ DE MINHA INFÂNCIA
Verônica Lima e Silva de Almeida
vepeixes@gmail.com
Prezados leitores,trata-se de um estudo em andamento,portanto passível de modificações.
Sabe-se que os rios também tem sua história e sua importância na vida das populações humanas que as suas margens habitam.A importância do rio Juruá para seus habitantes não é vista apenas pelo fornecimento de águas para a realização de tarefas domésticas ou agricultáveis,mas porque este rio serve assim como muitos rios da bacia Amazônica como via de integração entre as muitas comunidades e cidades do Peru, Acre e Amazonas,exercendo função de ” estrada fluvial”,permitindo assim o escoamento da economia do Vale do Juruá via comércio de batelão,já que as estradas terrestres são quase inexistentes nesta fronteira brasileira.
Vários
viajantes mencionaram o rio Juruá em seus Mapas geográficos e em seus diários de viagem, destacando suas riquezas naturais e
suas populações indígenas. Na viagem de descobrimento que fez Pedro
Teixeira, do Pará à Quito pelo Amazonas (1637-1639).Padre Cristobal de
Acuña,relator da viagem na volta de Quito à Belém,ao passar pela desembocadura
de um grande rio no Solimões assim escreveu em sua obra "Nuevo Descubrimento Del Gran
Río de Las Amazonas" ,publicada em Madri em 1641 “...boca
do rio que com razão podemos chamar de Cuzco, pois, segundo um regimento
desta navegação,que vi de Francisco de Orellana,está norte sul com a mesma
cidade de Cuzco.Chamam-no os naturais de Yuruá.” (SILVA,2010:187).
Encontramos outros relatos sobre este rio no diário de Padre Samuel Fritz
(1654-1725),missionário alemão da Companhia de Jesus que viveu por quase 40
anos nas missões do Solimões catequizando os Omaguas,jurimaguas,Mainas e outros
indígenas.Durante uma viagem que realizou pelo rio Marañon,desde São Joaquim
dos Omaguas até a cidade de Grão-Pará(1689 -1691,padre Fritz assim escreveu em
seu diário:
“para escapar à grande
enchente que sóe haver neste rio todos os annos, em fins de janeiro ao
anno de 1689,da redução de São Joaquim dos Omaguas(II),que é princípio de minha
missão,desci a aldeã dos jurimaguas,[...]Em fevereiro cheguei aos
Jurimaguas(IV),onde fizemos egreja ou capela dedicada á Nossa Senhora das
Neves”(GARCÍA,1917:359)
Segundo Meirelles (2009:53), a capela erguida por Padre Fritz em homenagem a
Nossa Senhora das Neves foi construída na região entre o Rio Napo e o Caquetá (Japurá),no
Solimões,provavelmente entre a Foz do Rio Juruá e do Içá.Em 3 de junho de 1689
anota “No dia seguinte ao amanhecer passei pela embocadura do Juruá, pela tarde
outras aldêas de Aisuares, Guayoêni e aurimate”.No regresso em 1691 registra “A’s nove do dia chegamos á
redução de Nossa Senhora das Neves dos jurimaguas, que encontrei despovoada
inteiramente e a egreja queimada por descuido de um rapaz, menos o lenço de
Nossa Senhora, que se conservou prodigiosamente intacto”( GARCÍA,1917:359:381).
O botânico alemão Johann Baptist Von Spix (1721-1826),que iniciou viagem pelo
Brasil juntamente com Kart Friedrich Phillipp Von Martius(1794-1868),partindo
do Rio de janeiro em 1817e passando por São Paulo,Minas
Gerais,Bahia,Pernambuco,Piauí.Maranhão,Grão Pará e Rio Negro em 1819,em sua
obra Viagem ao Brasil nos anos
de 1817-1820,financiada pelo Rei Maximiliano I,da Baviera,assim escreveu
sobre o Juruá:
Rio de águas um tanto
mais claras do que as do Solimões, até agora é ainda muito pouco conhecido e
não é navegado profundamente para o interior das terras. Na sua foz tem quase
um quarto de légua de largura. É habitado pelos índios Catauixis, Catuquinás,
Canamarés, etc.,e é incrível ali a abundância de cacau e
salsaparrilha”(SILVA,2010:187).
Observa-se pela citação
acima que o Juruá era um rio pouco conhecido, como atesta o relatório
sobre o “estado” da Província do Amazonas, feito pelo presidente da Província
do Pará, ao primeiro presidente do Amazonas João Baptista Figueiredo Tenreiro
Aranha em 1852,ou seja depois da instalação desta Província.
“Toda via há rios
caudalosos, pouco fallados ou conhecidos, porque não tem sido explorado até
suas vertentes, que tem curso muito extremo e inteiramente livre, ou mui pouco
embaraçado das cachoeiras, como são o rio Abacaxi, na margem septentrional do
Amazonas, entre o Maués e Canamá paralelos ao Madeira; o Purus e o Juruhá e até
o Jutaí e o Içá,que desaguão no Solimões”(AMAZONAS,1852:56).
No mesmo ano (1852),Tenreiro Aranha visando a integração regional
entre a Província do Amazonas e a de mato Grosso e entre estas e os Estados
da Bolívia,do Peru,da Nova Granada,do Equador e Venezuela envia duas expedições para explorar os rios Abacaxis e o Purus.A primeira sob o comando de João Rodrigues de Medeiros* “á fim de
abrir-se huma via de communicação que désse transito menos penoso ao Commercio
de Matto Grosso,fora dos riscos e perigo que offerecem as immensas
caxoeiras,que vedão nesse rio o livre transito”(P,61,SI-XI).A segunda comandada por Serafim da Silva Salgado** para explorar o rio Purus até o Beni e
assim chegar-se a Bolívia. “Ainda para a Bolívia pretendo que também
se abra outra via de communicação pelo Juruhá, por onde alguns habitantes desse
Estado e do Perú já tem descido”(AMAZONAS,1852:67:68)(pesquisar).
*.Relatório
de João Rodrigues de
Medeiros,sobre a exploração do rio Abacaxis.(61.SI-XI).Partiu em 12 de maio de
1853 e retornou em 09 de fevereiro de 1853. Nomeado conforme oficio de 14 de
abril de 1852.Disponíveis em Documentos da Província do Amazonas.
**.Relatório
de Serafim da Silva Salgado,sobre a exploração do rio
Purus.(61,S1.I-VIII).Partiu em 10 de maio e retornou em 30 de novembro
1852.Nomeado em 5 de maio de 1852.
Segundo Meirelles Filho(2009:134),na década de 1850 já é possível navegar no Rio Amazonas,de Belém até Nauta,no Peru,passando pela fronteira do Brasil em Tabatinga,em barcos a Vapor.No dia 11 de março de 1854 o vapor MONARCHA,
da Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas empreendia sua primeira viagem
da capital desta Província com destino a Povoação de Nauta,na República do
Peru.No 17º dia de viagem o comandante do vapor faz as seguintes anotações::
Manhaã –oh.25m.A’B.B.a
foz do rio Juruá.Apresenta uma largura não excedente a meia milha(b) por
existirem de permeio algumas ilhas.Despeja no Solimões pela margem austral,com
uma velocidade de 2 milhas,por hora,na latitude sul 2° 45’ e na longitude de
311° 36’;é navegável por muitos dias e suas margens são habitadas pelos Indios
Marauás,Canamarís,Náuas,,Conivos,,Catuquinas e Catauxís.Depois de uma
viagem de 40 dias em canoas pequenas chega-se ao ponto em que n’elle aflue o
rio Paráuácû,pelo qual na estação da cheia com 10 dias de navegação,passa-se
para o rio Purus.(EXPOSIÇÃO,1855,S1-380,381,382).
* Fala dirigida á Assembleia Legislativa
Provincial do Amazonas, no dia 1 de agosto de 1854.Pelo presidente da província,
o conselheiro Herculano Ferreira Penna. Barra do Rio Negro, Typ. de M.S. Ramos,
1854 .
"No Hyuruá desaguam até a distância navegada 8 rios,dos quaes o maior é o Tarauacá.os lagos que se encontram nessa mesma extensão são em grande numero.Por este rio algum collectores de drogas teem subido tres mezes,sem interromperem a viagem;outros nove,demorando-se algum tempo nos aflluentes .Do ponto mais distante,para voltar a fóz,gastam um mez de viagem seguida.(36,)
A publicação no Jornal The Royal Geographical Society dos Relatos de William Chandless(1829-1896) sobre o o Rio Aquiry(hoje,rio Acre), afluente do Rio Purus contribuiu para que o Brasil tomasse a decisão de abri a navegação do Rio Amazonas e seus principais afluentes aos navios mercantes de todas as bandeiras conforme Decreto N° 3749 de 7 de Dezembro de 1866. William Chandless,morou na cidade de Manaus entre os anos de 1861 e 1868,onde passou a explorar alguns rios da região como Arinos,Juruena,Tapajós(1862),Purus(1866),objetivando encontrar comunicações entre estes rios e o Rio peruano Madre de Dios e o Ucayali.Ao voltar de uma viagem a Inglaterra em junho de 1867 pretendia subir os Rios Madeira e Beni,mas a dificuldade em formar uma tripulação e temendo ser "muito tarde para subir o Beni com perspectivas de sucesso",decide subir o Amazonas em um navio que o levará até Tefé e,a partir daí explorar o Juruá(junho/1867).
"Sua dificuldade com a formação da Tripulação de "indios Bolivianos"..,"apenas é resolvida com o auxilio de João da Cunha Correia - também explorador de rios - que "Completa os homens! do viajante inglês,enviando-lhe um de seus escravos.Desse modo,Chandless segue o curso do Rio Juruá,em busca de sua nascente,ainda na expectativa de encontrar ligação com a região andina.Porém,após cerca de 1600 a 1900 quilômetros percorridos - a maior distância "explorada" até então -,o "explorador" é impedido de prosseguir sua viagem,devido ao "ataque" dos Nauas,historicamente tratados como um grupo indígena "temido""Sobre os resultados de sua viagem,o presidente da RGS assim falou em 1869:Nosso incansável medalhista de ouro,Sr.Chandless,tendo sido mal sucedido em uma tentativa de subir o Rio Beni,voltou sua atenção para outros afluentes do Amazonas e concluiu a verificação do Rio Juruá que,nasce nas densas florestas na margem esquerda do Ucayali e desemboca no Rio Amazonas entre a foz do Ucayali e do Madeira"(ISHII,Raquel,2011.p.48-49)
com a ajuda do prático Manuel Urbano da Encarnação,Chandless,"percorreu o rio Juruá em quase toda a sua extensão,descreveu sua fisiografia e tirou posições astronômicas,sendo o pioneiro no reconhecimento do rio Juruá.Discorreu sobre o regime das cheias e vazantes do rio Juruá,sua tortuosidade,"sacados",furos e igarapés(RADAMBRASIL,1977:101).*William Chandless,nasceu em 07 de novembro de 1829,em Londres,inglaterra.Morreu em 05/06/1896,em Londres aos 67 anos.Em 167,depois de viajar pelo Purús e seus principais afluentes,Chandless empreendeu expedição ao rio Juruá,onde relatou a existência de indígenas Kulina as margens direita deste rio e do Tarauacá.Observou que estes comercializavam,com os batelões: borracha,salsaparrilha,óleo de copaíba e outras.
Em 1905 o Coronel Belarmino Augusto Mendonça lobo a frente da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Rio Juruá fez o mapeamento hidrográfico de parte desse rio, de seus principais afluentes,subafluentes lagos igarapés,sacados e furos.
Para uma pesquisa sobre o rio Juruá os diários e escritos deixados pelo missionário e etnólogo Constant Tastevin se faz necessário,principalmente se esta tiver como foco a ocupação indígena nessa região da Amazônia Ocidental Brasileira.
BIOGRAFIA
Segundo Faulhauber(1997),Tastevin nasceu dia 21 de fevereiro de 1890, na Bretanha, e morreu em 1962, no Seminário de Missões de Chevilly LaRue. Foi missionário na Amazônia, sediado na Missão da Boca de Tefé, entre 1906 e 1926. Em 1926, deixou a Amazônia, inicialmente para seguir cursos oferecidos pelo Instituto de Etnologia da Universidade de Paris. Ocupou por três anos a cadeira de Titular do Instituto Católico de Paris, e passou a trabalhar como missionário na África. Seus trabalhos em lingüística africanista, contudo, não tiveram aceitação, ao contrário de suas pesquisas em etnologia americana, pelas quais recebeu muitas condecorações e distinções. (REVISTA DE ANTROPOLOGIA, SÃO PAULO, USP, 1997, V. 40 nº2).
Leia ainda..
Tastevin e a etnografia Indígena” e “Tastevin, Parrissier. Fontes sobre Índios e Seringueiros do Alto Juruá” são os dois volumes até agora publicados, o primeiro organizado conjuntamente por Priscilla Faulhaber e Ruth Monserrat, e o segundo por Manuela Carneiro da Cunha.Tastevin e a etnografia indígena, publicado em 2008, traz nada menos que dez artigos. Começa com dois textos que poderíamos qualificar de geografia humana e física, no qual Tastevin tentava dar uma imagem, às vezes romântica da Amazônia Ocidental.
Porém, não é com um texto da autoria de Tastevin que começa o segundo volume, mas com um de seu devancier como missionário da Congregação do Espírito Santo na Prelazia de Téfé: o Padre Jean-Baptiste Parissier. Esse texto, o maior das duas coletâneas (mais de 60 páginas), é também o único inédito. Trata-se da primeira publicação de um manuscrito, e o mais antigo (1898). Esse texto, relato de uma viagem ao longo do Rio Juruá, é como uma introdução a obra de Tastevin. Primeiro relato descritivo da região, é incomparável no que toca aos costumes regionais no finalzinho do século XIX (p. 1), conforme escreve a organizadora do volume na apresentação do artigo. A outra parte do volume, dedicada aos artigos de Tastevin, reúne textos sobre a região do alto Juruá, alternando material de geografia humana e outros mais etnográficos, principalmente sobre povos pano do alto Juruá (Kaxinawa e Katukina pano notadamente), e traz ainda algumas informações sobre os Kulina ou os Kanamari no texto “O Rio Muru”. Todavia, em todos os artigos existem informações sobre as populações indígenas do alto e médio rio Juruá. Os três textos extraídos da revista La Geographie se parecem com os publicados no volume de P. Faulhaber e R. Monserrat, divididos em temas nos quais a descrição aparece como o principal objetivo. Os artigos provenientes das revistas de cunho religioso (como Les Missions Catholiques, Le Lys de Saint Joseph ou ainda os Annales Apostoliques) são relatos do cotidiano e de encontros onde Tastevin não repugna o uso do discurso direito, re-transcrevendo diálogos. São dois aspectos, dois estilos de escrita de Tastevin explorados por M. Carneiro da Cunha.
O NORDESTINO E O JURUÁ
Nos primeiros anos da instalação da Província do Amazonas o Juruá não era interessante economicamente, salvo para alguns comerciantes de batelão que adentravam seu interior estabelecendo comércio com os nativos,visto ser esse rio " abundante de tartarugas,pirarucu,e nas extensas praias que offerece durante a vazante fabricão-se muitos mil potes de manteiga de óvos de tartarugas e tracajás.De suas matas colhe-se a castanha,a salsa,o óleo de cupaiba,o breu e pode fabricar-se muita gomma elastica,de que tambem abundão suas margens.[...]Os índios usão para suas caçadas de arco e flexas ervadas,de lanças e tamarandas.Não consta que tenha modernamente havido acto algum hostil da parte d’elles contra o não pequeno numero de commerciantes,que,em procura das drogas de que abundão as matas d’este rio,superão os incommodos inherentes a uma viagem de 30 a 40 dias em canoas de pequenos portes por sertões,inabitados,e onde há em grande abundancia a praga dos borrachudos,(a),e outros mosquitos(EXPOSIÇÃO,1855,S1-380,381,382).
Muitas famílias estrangeiras e brasileiras foram incentivadas pelo governo provincial a migrarem para a recém-criada Província do Amazonas.Se fazia urgente para o seu desenvolvimento e crescimento econômico a ocupação de suas terras assim como o maior número possível de mão-de-obra,para dela tirar as mais diversas riquezas inexploradas.Atendendo aos constantes apelos de seus administradores muitas famílias nordestinas se dirigiram a esta província porque viram ali não só a oportunidade de um trabalho mas também a possibilidade de se conseguir um pedaço de terra para viver dignamente com sua família nessa vasta região pouco habitada.Sendo tal migração intensificada no final do século XIX com a valorização da goma elástica no mercado mundial.
A publicação no Jornal The Royal Geographical Society dos Relatos de William Chandless(1829-1896) sobre o o Rio Aquiry(hoje,rio Acre), afluente do Rio Purus contribuiu para que o Brasil tomasse a decisão de abri a navegação do Rio Amazonas e seus principais afluentes aos navios mercantes de todas as bandeiras conforme Decreto N° 3749 de 7 de Dezembro de 1866. William Chandless,morou na cidade de Manaus entre os anos de 1861 e 1868,onde passou a explorar alguns rios da região como Arinos,Juruena,Tapajós(1862),Purus(1866),objetivando encontrar comunicações entre estes rios e o Rio peruano Madre de Dios e o Ucayali.Ao voltar de uma viagem a Inglaterra em junho de 1867 pretendia subir os Rios Madeira e Beni,mas a dificuldade em formar uma tripulação e temendo ser "muito tarde para subir o Beni com perspectivas de sucesso",decide subir o Amazonas em um navio que o levará até Tefé e,a partir daí explorar o Juruá(junho/1867).
"Sua dificuldade com a formação da Tripulação de "indios Bolivianos"..,"apenas é resolvida com o auxilio de João da Cunha Correia - também explorador de rios - que "Completa os homens! do viajante inglês,enviando-lhe um de seus escravos.Desse modo,Chandless segue o curso do Rio Juruá,em busca de sua nascente,ainda na expectativa de encontrar ligação com a região andina.Porém,após cerca de 1600 a 1900 quilômetros percorridos - a maior distância "explorada" até então -,o "explorador" é impedido de prosseguir sua viagem,devido ao "ataque" dos Nauas,historicamente tratados como um grupo indígena "temido""Sobre os resultados de sua viagem,o presidente da RGS assim falou em 1869:Nosso incansável medalhista de ouro,Sr.Chandless,tendo sido mal sucedido em uma tentativa de subir o Rio Beni,voltou sua atenção para outros afluentes do Amazonas e concluiu a verificação do Rio Juruá que,nasce nas densas florestas na margem esquerda do Ucayali e desemboca no Rio Amazonas entre a foz do Ucayali e do Madeira"(ISHII,Raquel,2011.p.48-49)
com a ajuda do prático Manuel Urbano da Encarnação,Chandless,"percorreu o rio Juruá em quase toda a sua extensão,descreveu sua fisiografia e tirou posições astronômicas,sendo o pioneiro no reconhecimento do rio Juruá.Discorreu sobre o regime das cheias e vazantes do rio Juruá,sua tortuosidade,"sacados",furos e igarapés(RADAMBRASIL,1977:101).*William Chandless,nasceu em 07 de novembro de 1829,em Londres,inglaterra.Morreu em 05/06/1896,em Londres aos 67 anos.Em 167,depois de viajar pelo Purús e seus principais afluentes,Chandless empreendeu expedição ao rio Juruá,onde relatou a existência de indígenas Kulina as margens direita deste rio e do Tarauacá.Observou que estes comercializavam,com os batelões: borracha,salsaparrilha,óleo de copaíba e outras.
Em 1905 o Coronel Belarmino Augusto Mendonça lobo a frente da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Rio Juruá fez o mapeamento hidrográfico de parte desse rio, de seus principais afluentes,subafluentes lagos igarapés,sacados e furos.
Para uma pesquisa sobre o rio Juruá os diários e escritos deixados pelo missionário e etnólogo Constant Tastevin se faz necessário,principalmente se esta tiver como foco a ocupação indígena nessa região da Amazônia Ocidental Brasileira.
BIOGRAFIA
Segundo Faulhauber(1997),Tastevin nasceu dia 21 de fevereiro de 1890, na Bretanha, e morreu em 1962, no Seminário de Missões de Chevilly LaRue. Foi missionário na Amazônia, sediado na Missão da Boca de Tefé, entre 1906 e 1926. Em 1926, deixou a Amazônia, inicialmente para seguir cursos oferecidos pelo Instituto de Etnologia da Universidade de Paris. Ocupou por três anos a cadeira de Titular do Instituto Católico de Paris, e passou a trabalhar como missionário na África. Seus trabalhos em lingüística africanista, contudo, não tiveram aceitação, ao contrário de suas pesquisas em etnologia americana, pelas quais recebeu muitas condecorações e distinções. (REVISTA DE ANTROPOLOGIA, SÃO PAULO, USP, 1997, V. 40 nº2).
Leia ainda..
Tastevin e a etnografia Indígena” e “Tastevin, Parrissier. Fontes sobre Índios e Seringueiros do Alto Juruá” são os dois volumes até agora publicados, o primeiro organizado conjuntamente por Priscilla Faulhaber e Ruth Monserrat, e o segundo por Manuela Carneiro da Cunha.Tastevin e a etnografia indígena, publicado em 2008, traz nada menos que dez artigos. Começa com dois textos que poderíamos qualificar de geografia humana e física, no qual Tastevin tentava dar uma imagem, às vezes romântica da Amazônia Ocidental.
Porém, não é com um texto da autoria de Tastevin que começa o segundo volume, mas com um de seu devancier como missionário da Congregação do Espírito Santo na Prelazia de Téfé: o Padre Jean-Baptiste Parissier. Esse texto, o maior das duas coletâneas (mais de 60 páginas), é também o único inédito. Trata-se da primeira publicação de um manuscrito, e o mais antigo (1898). Esse texto, relato de uma viagem ao longo do Rio Juruá, é como uma introdução a obra de Tastevin. Primeiro relato descritivo da região, é incomparável no que toca aos costumes regionais no finalzinho do século XIX (p. 1), conforme escreve a organizadora do volume na apresentação do artigo. A outra parte do volume, dedicada aos artigos de Tastevin, reúne textos sobre a região do alto Juruá, alternando material de geografia humana e outros mais etnográficos, principalmente sobre povos pano do alto Juruá (Kaxinawa e Katukina pano notadamente), e traz ainda algumas informações sobre os Kulina ou os Kanamari no texto “O Rio Muru”. Todavia, em todos os artigos existem informações sobre as populações indígenas do alto e médio rio Juruá. Os três textos extraídos da revista La Geographie se parecem com os publicados no volume de P. Faulhaber e R. Monserrat, divididos em temas nos quais a descrição aparece como o principal objetivo. Os artigos provenientes das revistas de cunho religioso (como Les Missions Catholiques, Le Lys de Saint Joseph ou ainda os Annales Apostoliques) são relatos do cotidiano e de encontros onde Tastevin não repugna o uso do discurso direito, re-transcrevendo diálogos. São dois aspectos, dois estilos de escrita de Tastevin explorados por M. Carneiro da Cunha.
O NORDESTINO E O JURUÁ
Nos primeiros anos da instalação da Província do Amazonas o Juruá não era interessante economicamente, salvo para alguns comerciantes de batelão que adentravam seu interior estabelecendo comércio com os nativos,visto ser esse rio " abundante de tartarugas,pirarucu,e nas extensas praias que offerece durante a vazante fabricão-se muitos mil potes de manteiga de óvos de tartarugas e tracajás.De suas matas colhe-se a castanha,a salsa,o óleo de cupaiba,o breu e pode fabricar-se muita gomma elastica,de que tambem abundão suas margens.[...]Os índios usão para suas caçadas de arco e flexas ervadas,de lanças e tamarandas.Não consta que tenha modernamente havido acto algum hostil da parte d’elles contra o não pequeno numero de commerciantes,que,em procura das drogas de que abundão as matas d’este rio,superão os incommodos inherentes a uma viagem de 30 a 40 dias em canoas de pequenos portes por sertões,inabitados,e onde há em grande abundancia a praga dos borrachudos,(a),e outros mosquitos(EXPOSIÇÃO,1855,S1-380,381,382).
Muitas famílias estrangeiras e brasileiras foram incentivadas pelo governo provincial a migrarem para a recém-criada Província do Amazonas.Se fazia urgente para o seu desenvolvimento e crescimento econômico a ocupação de suas terras assim como o maior número possível de mão-de-obra,para dela tirar as mais diversas riquezas inexploradas.Atendendo aos constantes apelos de seus administradores muitas famílias nordestinas se dirigiram a esta província porque viram ali não só a oportunidade de um trabalho mas também a possibilidade de se conseguir um pedaço de terra para viver dignamente com sua família nessa vasta região pouco habitada.Sendo tal migração intensificada no final do século XIX com a valorização da goma elástica no mercado mundial.
“Do ceará, o cidadão João Gabriel de Carvalho e Mello, trouxe uma colônia de 53 cearenses, para o rio Purus, chegou a este porto á bordo do vapor Madeira, no dia 4 de outubro. Sendo esse um bello esforço daquelle cidadão, que procura alargar os horisontes da industria extrativista em que se emprega há muitos annos”(MATTOS:1870:33)
*Relatório
de João Wilkens de Mattos proferido na Assembleia Legislativa do Amazonas no
dia 25 de março de 1870.
Por
ocasião da Segunda Guerra Mundial muitos trabalhadores brasileiros foram convocados pelo Estado Novo a irem em
busca de uma “Vida Nova na Amazônia” .Propaganda amplamente divulgada no
nordeste brasileiro e logo aderida por muitos nordestinos desempregados que
assinaram um Contrato de Trabalho com o governo federal e foram trabalhar na
selva Amazônica como “Soldados da Borracha”,em função do esforço de guerra
entre 1942 e 1945.
O rio emprestou a seus novos filhos,nos dois momentos mencionados
acima não só as suas águas, (Elemento valioso para o nordestino acostumado a
viver com a falta dela devido os longos períodos de seca que até hoje de tempos
em tempos assolam a região nordestina),mas também sua densa floresta.Uma
realidade incomum para os novos moradores que passaram a serem chamados pelos
nativos de “arigós”,dada a falta de ambientação dos mesmos em lidar com as
adversidades local.Aos “Soldados da Borracha” foram dadas a responsabilidade de
percorrerem a pé as estradas de seringueiras nativas para delas extrair o
látex tão essencial à manutenção da guerra.Assim os nordestinos contribuíram
não só com o desenvolvimento econômico da região do Juruá,mas também com
uma intensa miscigenação presente até hoje.
O
Rio da integração
O Juruá integra dois países
sul-americanos : Peru e Brasil, e também dois importantes Estados da Federação
Brasileira: Acre e Amazonas. Depois de enfrentar as cachoeiras de sua nascente
no altiplano peruano,o Juruá entra em terras acreana e penetra alvissareiro no Amazonas até derramar suas
brancas águas no Solimões a 3.282 quilômetros depois de sua nascente.
Desdobrando seus cursos mais
sinuosos o Juruá corre no período das cheias furiosamente, levando consigo rio
abaixo toras de madeira, lama, sementes, raízes, capim Canarana e
árvores inteiras que despencam de seus barrancos.É neste período também que o
rio isola quase que completamente as comunidades ribeirinhas localizadas nas
áreas de várzea,vedando o acesso por terra.Permitindo que o ribeirinho,num
eterno zigue- zague por debaixo das frondosas árvores inundadas chegue na
roça ou nas casas de seus vizinhos
através de pequenas canoas.
Com as cheias percebe-se mudanças
significativas na composição do rio.Seus afluentes e subafluentes
conectam –se com lagos,igarapés,igapós,paranás e correm para se unir ao Juruá
que desce majestoso até a sua desembocadura.Surgem assim os furos encurtando as
distâncias dos estirões(longo trecho do rio em linha reta),e os sacados
abarrotados de peixes,onde o sustento do ribeirinho é garantido.
O Juruá é como um pai sempre servindo a seus
filhos.Desde os indígenas das mais variadas etnias,seus primeiros habitantes aos muitos comerciantes de
regatão que por ele navegam de cima para baixo e de baixo para cima carregando
seus “fardos” de mercadorias.Durante a vazante do rio sob aluviões as encostas
das praias tornam-se férteis ao plantio de diversas culturas: milho, batata
doce, melancia, feijão e etc..,
Acre e Amazonas se beneficiam de
seu curso d’ água, pois o rio serve de entreposto comercial entre a cidade de
Cruzeiro do Sul e as cidades amazonenses mais próximas: Guajará
e Ipixuna.Sendo a cidade acreana mais importante da região do médio Juruá e
dispondo de um comércio mais forte e sortido,esta cidade fornece às
amazonenses, diferentes e variados produtos,
suprindo assim as necessidades mais imediatas de comerciantes e moradores
local,que nem sempre dispõem de capital suficiente para mandar vir de Manaus
suas mercadorias.
As trocas comerciais ali estabelecidas reforçam os laços de
convivência entre acreanos e amazonenses que habitam essa região
brasileira onde o rio não tem limites geográficos.O rio é antes de tudo
uma grande estrada fluvial que tem a missão de unir,organizar e de polir as
relações entre os visitantes,ribeirinhos e comerciantes que sobem e descem o
rio de Cruzeiro do sul/AC a Manaus, estabelecendo em suas margens o comércio de
batelão,onde a moeda de compra muitas vezes é a troca de produtos produzidos
pelos ribeirinhos ou a confiança estabelecida entre comerciante e
comprador.Neste caso o comprador realiza suas compras e o comerciante anota em
sua caderneta para receber na volta do batelão à comunidade.
Mas o rio não é só trocas
comerciais, ele é vida e é a vida dos ribeirinhos que habitam seus barrancos.
Nele todos os dias homens e animais tiram seu sustento e aprendem a lidar com
as adversidades da floresta.Dela as mulheres tiram o húmus misturando-o
aos estercos para assim plantarem suas hortaliças nos canteiros suspensos
próximo à casa.
Em todo o seu curso o rio apresenta zonas de
isolamento demográfico, guardando em suas reservas naturais uma infinidade viva
de insetos que vivem em seus barrancos infectando o ribeirinho de malária,febre
amarela e tantas outras doenças tropicais.Estes uma vez inoculados pelos
mosquitos e não podendo contar com o atendimento hospitalar que fica muitas
vezes a dias de distância de sua moradia, se valem imediatamente de seus
vizinhos que passam a preparar chás feito de raízes e folhas de plantas
para curar as moléstias.
Os
Portos de Cruzeiro do Sul, Guajará e Ipixuna
Nessas margens uma pequena população
se aglomera nas cidadelas cada vez mais prósperas. São pessoas oriundas das
zonas rurais que veem para o meio urbano em busca de emprego e vida melhor. No porto
principal da cidade de Cruzeiro do Sul, homens vindos de todas as partes
transitam de um lado a outro do rio,numa grande algazarra nas primeiras horas
da manhã para vender seus peixes aos mercadores.O mesmo acontece nos portos de
Guajará e Ipixuna,onde a produção local é encaminha para venda no mercado
municipal,mas claro com menor burburinho e intensidade.
Em cada porto observa-se a construção de flutuantes,uma
espécie de armazém a beira do rio servindo para guardar botijas de
gás,óleo,sabão,grãos,cereais materiais de construção,peixes e toda espécie de
produtos a serem comercializados nas feiras e mercados local. Assim o rio
se torna primordial e necessário a continuidade da vida, congregando de
maneira natural as sociedades humanas que dele necessitam.
O
Rio e as cidades de Cruzeiro do Sul,Guajará e Ipixuna
O rio perpassa muitas cidades ao
longo de sua viagem até sua Foz, mas aqui priorizamos falar da cidade de
Cruzeiro do Sul/AC,Guajará e Ipixuna/AM,por estarem mais próximas entre si e
mais longe dos principais centros administrativos e abastecedores do país.Essas
três cidades localizadas às margens do Juruá criam uma rede de
solidariedade entre si.A cidade de Cruzeiro do Sul há tempos auxilia as cidades
amazônicas acima citadas,no que tange a Saúde
,educação,portos,aeroportos,produtos alimentícios,de comunicação,serviços
bancários,etc..; criando entre essas cidades e suas populações uma estreita
relação de amizade.
Nessas cidades as diversas
pessoas todos os dias embarcam e desembarcam levadas pela resolução de seus
problemas.Delas e nelas descem dos barcos os religiosos para
suas devoções nas épocas de arraial ou para realizarem as desobrigas nos seringais,
comerciantes que vão a praça comercial para estabelecer negócios, pagar
impostos, ou simplesmente buscar prazeres e novidades e moradores de
diversos lugarejos com os mais variados objetivos.
Entre essas cidades percebe-se
certo grau de parentesco entre seus moradores. Todo mundo se conhece ou é
parente de alguém que você conhece. As semelhanças entre elas são muitas, mas
podemos destacar a permanência da vida pacata e interiorana que todas elas
conservam mesmo depois de tantas transformações, crescimento e inovações
tecnológicas que sofreram nos últimos anos.
Cruzeiro do Sul, Guajará e Ipixuna
são centros urbanos mais desenvolvidos nessa parte do Juruá.Dispõem de postos
de saúde, hospitais, consultórios dentários, serviços bancários, correios,
órgãos administrativos, comércios, farmácias, academias, mercados e praças
públicas. Em Cruzeiro do Sul a vida cultura é mais efervescente que nas suas
vizinhas. Seus moradores e visitantes podem contar com jornais diários,
revistas, livros, rádio local, salas de cinema, casas de shows, bares,
restaurantes e etc..;
Nesses três municípios moram milhares
de brasileiros às margens do rio Juruá.Os chamados ribeirinhos,que de suas
casas simples nos seringais observam muitas vezes debruçados nos parapeitos das
janelas à vida que segue em função do rio. Enquanto no varal ao lado das casas
as roupas lavadas no rio estão a secar. Nos inúmeros seringais a sua margem se moram
pessoas dos mais variados lugares, diferentes umas das outras.Assim se fortalecem,trocam
experiências e passam a conviver como velhos conhecidos, estabelecendo uma
consciência de igual.
Portanto, as cidades são recintos que
recebem hospitaleiras, indígenas, viajantes que veem de várias partes da
América Latina e do mundo conhecer e estudar o Vale do Juruá. Famílias inteiras
que chegam para as festas religiosas e cívicas que acontecem a cada ano.
Numa viagem de barco pelo rio o viajante observa
o revoar dos pássaros e os tracajás (cágados) a tomar seu banho de sol nos
galhos secos das árvores caídos às margens do rio,mulheres a sua beira lavando
roupas,louças,crianças tomando banho e animais saciando sua sede.Assim
o viajante segue sua viagem deslumbrando-se com sua rica e diversa paisagem
natural, onde o rio e o
ribeirinho são velhos conhecidos.
A densa floresta tropical
ainda “preservada” oferece a seus moradores os mais diversos tipos de sementes,
frutos raízes e ervas medicinais. O rio é uma zona de contato que uni e agrega
diferentes povos brasileiros,peruanos e estrangeiros que por ele se embrenham,
seja como aventureiros, cientistas, religiosos ou como ambientalistas em
defesa dos índios e da floresta. Uma coisa é certa, todos os que pelo Juruá navegam se encantam e partilham da vida primitiva ainda existente nestes rincões
brasileiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISHII,Raquel Alves,1985 - Viagens do "homem que virou rio",narrativas,traduções e percursos de William Chandless,pelas Amazônas,no século/Raquel Alves Ishii - Rio Branco UFAC,2011.121f.;il 30cm.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACUÑA,
Cristóbal Imprenta del Reyno, 1641. FRITZ, Samuel, sj. Diário. Introducción de
Hernán Rodrigues Castelo. de. Nuevo descubrimiento del gran río de las
Amazonas. Madri, Quito, Studio 21, 1997.
Colleção das Leis do Império do Brasil,de 1866.Tomo XXVI,Parte I - Rio de Janeiro,Typographia Nacional.Rua da Guarda Velha,1866.
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Diário Oficial do Amazonas.http://diariooficialconsultas.prodam.am.gov.br/listadiario.php.
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Estudos sobre o Amazonas, Limites do estado/Rio de Janeiro/Torquato
Tapajós,1895.Disponível em
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Província João Baptista Figueiredo Tenreiro Aranha,pelo Presidente do Grão-Pará.Dr.Fausto
Augusto de Aguiar.Manaus.Tip. de. Santo e Filhos.10p.12/1851. ROLO,CÓDIGO CENDAR;R
107.2.1-001.Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
EXPOSIÇÃO apresentada ao Dr.
Manoel Gomes Corrêa de Miranda,1° Vice-Presidente da Província do Amazonas,pelo
secretário de Governo João Wilkens de Mattos.Manaus:Tip.de Manoel da Silva
Ramos.13p.02/01-31/12/1852.CENDAP.R 107.2.1-001.Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
MORALES, Lúcia Arrais - Vai e
vem vira e volta:as rotas dos soldados da borracha.Disponível em: http://www.kilibro.com/book/preview/121367_vai-e-vem-vira-e-volta.acesso
em 12/07/2013.
RADAMBRASIL – Projeto
- Departamento Nacional da Produção Mineral. Folha SB.19 Juruá; geologia,
geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro,
1977. 436 p. Must., tab., 7 mapas 27,5 cm (Levantamento de Recursos Natural).Disponível
emhttp://library.wur.nl/isric/fulltext/isricu_i00006754_001.pdf.ACESSO 14/06/2013.
RELATÓRIO que o Sr. João
Baptista Tenreiro Aranha,Presidente da Província do Amazonas fez sobre o estado
da Província.Com anexos.Manaus:Typ.de Manoel da Silva Ramos.83p.30/04/1852. Rolo,Código
CENDAR;R 107.2.1-001.Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
RELATÓRIO que o Sr. Manoel
Gomes Corrêa de Miranda,Vice-Presidente,apresentou ao Sr. Herculano Ferreira Penna,Presidente da
Província do Amazonas,Manaus:Tip.de Manoel da Silva
Ramos.11p.09/05/1853.CENDAR;R 107.2.1-001.Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
RELATÓRIO
do Dr. João Pedro Dias Vieira,Presidente da Província.Na 1ª Sessão Ordinária da
3ª Legislatura.Manaus.Tip.de Francisco José Silva Ramos.21p. 1856. http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
RELATÓRIOS DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO IMPÉRIO DO BRASIL.'Notas sobre os rios da Amazônia.Apontamentos sobre o Rio Juruá.Relatório publicado em 1869,publicado em 1870. Disponivel em http;//www.crl.edu/brasil.
ROTEIRO Da Primeira Viagem do Vapor Monarcha desde a Cidade da Barra do Rio Negro,Capital da Província do Amazonas,até a povoação de Nauta,na República do Per.Feito por João Wilkens de Mattos,acompanhada de uma carta do Rio Solimões e parte do Rio Negro.Manaus.Tip de Manoel Ramos da Silva.143p.1854. Rolo,Código CENDAR;R 107.2.1-001.Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/64/.17/06/13.
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SILVA,Hiram,Reis e,Desafiando
o Rio-Mar,descendo o Solimões,ediPURS,Porto Alegre,2010.
Snow,William Chandless;British Overlander,Marmon Observe,Amazon Explorer,1986,p.116-136.
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Rio
de Janeiro,01 de março de 2011.
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